quinta-feira, 15 de abril de 2010

Pensamentos, como cabelos, também acordam despenteados.




Toda vez que acordo sinto uma sensação de mais um dia pra enfrentar. Tentar não dormir nas aulas chatas, cada dia vivendo pra cumprir meu objetivo, aturar pessoas bipolares e fofoqueiras. Minha maior vontade é pegar minha melhor amiga, minha mochila de guerra e dessa vez não ir pra escola, mas viajar... Pra qualquer lugar. São Paulo, Brasília, Guiana Francesa, Caribe, Canadá, Paris, Japão. Todos esses estão na minha rota fugitiva da rebelde sem causa aqui.
Estou torcendo pra esse ano acabar, de verdade. Não aguento mais essa pressão, é a idade do quase. Quase 18, quase adulto, quase trabalho, quase própria vida. Ao mesmo tempo que eu sonhava com isso estou passando a odiar.
Já tentei por mil vezes me consolar, mas não adianta. Vou sentir saudade da minha vida, escola todo dia, uniforme, saudade de xingar a matemática e falar "Estou no ensino médio". Ai ai, vou sentir uma falta disso.
Aposto que falei aqui, que quando estou com medo eu ignoro tudo, né? Então, agora eu estou ignorando essa verdade que passa ser tão evidente. Até faço planos mas não me vejo além de planejar.
Então a minha vontade é de sair correndo disso tudo. sto que tudo que eu estou falando agora está na cabeça de cada uma nos 90 alunos da minha sala, mas ninguém parou pra pensar nisso. Meu maior medo é de dar tudo errado. Eu acordo todos os dias pensando nisso. Posso ser adolescente, mas eu tenho muita coisa pra pensar...

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