Aprendi em uma noite como a intensidade pode ser boa. Numa música chorar, outra rir, outra pular, outra lembrar de tudo que se passou. Sim, esse ano eu me formo. São anos que se passaram com uniformes, horas tediantes e amizades. Mesmo que eu não quisesse aprender, eu aprendia. E muito.
E tudo passou, cada dia, cada bimestre, com pessoas especiais. Tempos que não voltam mais, por isso que eu amo a intensidade. Te faz perceber que tudo passa em um segundo, e não a como voltar.
Há uns dias, eu tinha vergonha de chorar, achava que isso significava ser fraco, mas agora eu percebi que chorar é o ato mais intenso que se pode ter. Chore pela guerra do iraque, se tiver vontade, mas chore... Você está liberando tudo que está preso dentro de você. Tudo guardado sendo bom, sendo ruim. No meu caso, neste dia, era bom. Fiquei feliz por chegar até ali.
E o que me deixou mais feliz, foi não só chegar, mas não chegar sozinha. Pessoas vem e vão, e algumas permanecem. As coisas que aprendi foram, principalmente, pela minha mania de analisar as pessoas... Me decepcionei bastante com pessoas que eu nunca imaginaria, me surpreendi por pensar que algumas ficaram do meu lado até o fim, mas sobretudo amei conhecer cada uma, apesar das brigas e discussões.
Engraçado é ver que, como eu tenho uma bagagem enorme pra 17 anos. Acho que isso se deve ao fato que eu arrisco mas não petisco. Tudo bem, eu não sou uma Alice da vida, que estava andando distraída e daqui a pouco estou na país das maravilhas. Mas, tento ao máximo me jogar nas coisas sem medo. É mágico, ver que passei por coisas incríveis (mesmo que no começo não tenha sido tão incrível assim).
Daqui a algum tempo vai começar uma nova fase. Bom saber que essas lembranças vão continuar andando comigo aonde quer que eu vá. Gosto de lembrar das coisas, mesmo que não sejam boas, todas as suas ações te descrevem, não são frases, não são músicas. Como você chegou até aqui, demonstra como vai andar até o fim. Ok, profundo.
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